sexta-feira, 18 de julho de 2014

Pilates e Treinamento Funcional

Quem gosta de atividade física com certeza já ouviu falar sobre duas modalidades que estão "em alta" recentemente: o PILATES e o TREINAMENTO FUNCIONAL.
Como escolher a melhor modalidade para seus objetivos? E o que elas tem em comum? É possível realizar as duas, com objetivos complementares?
Para entender melhor, vamos comparar a ação de cada uma delas nas diferentes habilidades corporais:

  • Qual é melhor para ganhar força muscular?


- Tanto o Pilates como o Treinamento Funcional trabalham a força muscular por meio do peso corporal e acessórios, resultando no aumento de força sem hipertrofia - ideal para quem quer definição de braços, pernas e abdômen, sem ficar "bombado". Outro fator comum das duas modalidades é que ambas realizam movimentos globais, nos quais é necessário ativar diversos grupos musculares ao mesmo tempo.

  • Qual é melhor para o alongamento?
- Pilates. Apesar de ser uma habilidade trabalhada em ambos os treinos, o Pilates utiliza alongamentos mais intensos, com grandes amplitudes de movimento, que são requeridas durante toda a prática. O Treinamento Funcional, por sua vez, utiliza o alongamento dinâmico durante o treino, principalmente no treino regenerativo; porém na maioria dos exercícios utilizam-se amplitudes de movimento menores que as do Pilates.

  • Qual deles trabalha mais o equilíbrio?
- Ambos trabalham o equilíbrio, já que esta capacidade é exigida em todas as posturas e movimentos realizados durante as aulas. Além disso, também são treinadas habilidades fundamentais para o equilíbrio, como tempo de reação muscular e ajustes em relação aos desequilíbrios antecipatórios e compensatórios a um movimento.

  • Qual irá melhorar meu condicionamento cardiovascular?
- O Treinamento Funcional é a atividade ideal para melhorar o condicionamento cardiovascular, pois exige movimentos ritmados e em forma de circuito, não deixando que o aluno "fique parado" durante a prática. Desse jeito, ocorre a elevação da frequência cardíaca (FC), necessária ao treino de condicionamento. Já o Pilates não é considerado um exercício aeróbico, pois não costuma ter a intensidade necessária para o aumento da FC; principalmente no Pilates com aparelhos (Pilates Studio), onde há necessidade de paradas para trocas de aparelhos.

  • Com qual deles vou emagrecer?
- Os exercícios que resultam na maior perda de peso são os aeróbicos, como é o caso do Treinamento Funcional, onde muitas calorias são "queimadas". Já o Pilates não está nesta categoria. É claro que no Pilates também temos certo gasto calórico (qualquer atividade física gasta calorias), mas só haverá emagrecimento se o gasto for menor que o consumo.

  • E qual devo fazer para melhorar minha respiração?
-A respiração é um dos princípios mais importantes tanto no Treinamento Funcional como no Pilates; e todos os exercícios são coordenados com a respiração. No Pilates, ela é sempre realizada de forma lenta, trabalhando no máximo das capacidades inspiratórias e expiratórias, além de facilitar a contração do abdômen. No Treinamento Funcional, apesar dos exercícios serem mais rápidos, é exigido um padrão semelhante da respiração.
  • Qual deles é bom para treinar a coordenação motora?


- A coordenação envolve a capacidade de fazer movimentos diferentes e concomitantes, com diferentes segmentos do corpo. Tanto o Pilates como o Treinamento Funcional são exercícios globais, em que todo o corpo trabalha ao mesmo tempo, sendo ótimos para a coordenação.



  • Com qual trabalha-se a agilidade?

- Treinamento Funcional. O ¨Treinamento Funcional é ótimo para esta habilidade, já que trabalha movimentos rápidos e tempo de reação aos estímulos. Como o Pilates trabalha movimentos mais fluidos, não é o ideal para esta capacidade.


- Pilates. Um dos princípios do Pilates é o alinhamento postural, ou seja, todos os exercícios devem ser feitos na postura "ideal". Dessa forma, qualquer desalinhamento de um segmento corporal será constantemente corrigido pelo instrutor. Além disso, o Pilates trabalha muito a estabilidade, por meio dos músculos profundos, posturais. O Treinamento Funcional também trabalha muito esses músculos, ajudando assim a postura; porém como os movimentos são mais rápidos, os ajustes e correções posturais são menos precisos.
  • Qual o melhor para o CORE?

- Hoje em dia fala-se muito no trabalho do CORE, principalmente no Treinamento Funcional. O CORE é o conjunto de músculos do tronco (abdominais, paravertebrais, diafragma e assoalho pélvico), que no Pilates é chamado de Power House. O CORE / Power House, assim como a respiração, também é um dos princípios fundamentais das duas técnicas, e é trabalhado em todos os exercícios. 



Assim, vemos que o Pilates e o Treinamento Funcional tem muito em comum: trabalho integrado de CORE / Power House e respiração; movimentos globais, utilizando todos os segmentos corporais ao mesmo tempo (como acontece no nosso dia-a-dia); trabalham a força muscular por meio do peso corporal, com o foco na definição muscular; e exigem muito do equilíbrio.
Além disso, cada um tem suas especificidades, que apesar de trabalhadas mais enfaticamente em uma técnica, estão também, em menor escala, presentes na outra.
Portanto, concluímos que Pilates e Treinamento Funcional são técnicas complementares, que se realizadas em conjunto e sintonia irão garantrir uma evolução corporal completa.

Texto escrito com a colaboração de Karina Ueno, professora de educação física e instrutora de Treinamento Funcional.

sábado, 5 de julho de 2014

Fratura vertebral: entenda a lesão que tirou Neymar da Copa

Copa do Mundo, quartas de final, Brasil x Colômbia.


Aos 41' do segundo tempo, o atacante Neymar leva uma joelhada nas costas. Apesar de Zuniga, lateral-direita colombiano, dizer que "não teve intenção de machucar Neymar" e do árbitro não dar nem mesmo uma falta, nosso principal jogador fica no chão, aos prantos.



Retirado de campo com maca, sem parar de chorar, foi imediatamente levado ao hospital, onde uma tomografia revelou uma lesão da terceira vértebra lombar.

Entenda um pouco desta lesão:

Foto: globoesporte.globo.com
A fratura significa a perda de continuidade do osso, ou seja, quando duas ou mais partes de um osso são separadas, total ou parcialmente. A lesão do atacante foi no processo transverso, na região póstero-lateral da vértebra lombar (região mais baixa da coluna). 

Essa lesão foi parecida com a de Adrian Gomes, da ginástica artística, que teve de abandonar as Olimpíadas de Londres em 2012

Sendo na coluna, a fratura poderia ser muito grave e causar uma lesão medular; já que o deslocamento do osso poderia acometer nervos - como o ciático - e comprometer a movimentação das pernas. 


Felizmente, Neymar não teve deslocamento ósseo, e portanto a fratura é considerada de baixa gravidade.

Ainda assim, deve permanecer imobilizado para garantir a consolidação da fratura, por um período mínimo de 4 semanas, podendo se estender até 2 meses. Além disso, a fratura do osso causa muita dor. Dessa forma, nosso craque estará fora desta competição, mas poderá voltar a jogar novamente.



Serão realizados mais exames, mas segundo a equipe médica, o tratamento de Neymar será conservador (não necessitando de cirurgia), com imobilização mínima de duas semanas com uma cinta lombar e repouso.

Também deve ser feita analgesia com medicação, e posteriormente fisioterapia; tanto para minimizar a dor, com recursos de eletroterapia, como fortalecimento da região lombar (quando a fratura estiver consolidada), pois esta ficará mais fraca devido à imobilização.

Esperamos que após este momento de tristeza, nossa seleção encontre força e união para os próximos jogos, e que Neymar se recupere o quanto antes!

#forçaNeymar