quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pilates une flexibilidade, equilíbrio, força e vira bom aliado do corredor - Eu Atleta - Globo Esporte

Exercícios podem trabalhar a musculatura, postura e o alongamento, principalmente se aplicado de forma focada para o treino de corrida

Pilates é uma atividade que une força, flexibilidade e equilíbrio, prezando pela concentração, respiração e execução dos movimentos de forma fluida e com bom posicionamento do corpo. Ele pode ser um bom aliado do corredor para trabalhar sua força muscular postura, principalmente se aplicado de forma focada para a corrida.

O instrutor de Pilates pode trabalhar a correção da pisada por meio de exercícios para melhor posicionamento de tornozelos, joelhos e pelve. A força dos grupos musculares importantes para a corrida também pode ser treinada com a utilização da resistência das molas dos equipamentos: o glúteo médio, que mantém a pelve e o joelho alinhados; o glúteo máximo, importante na manutenção da postura ereta e impulsão; a panturrilha, que tem papel fundamental na absorção de impacto; e o quadríceps, principal motor do joelho.
*Texto escrito em parceria por mim e pela fisioterapeuta Raquel Castanharo

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dry Needling (ou Agulhamento à Seco)


O Dry Needling ou Agulhamento à Seco é utilizado por muitos fisioterapeutas como um método eficaz para o tratamento de dores e tensões musculares. É capaz de atuar em casos de cefaléias tensionais, tendinites, dores na articulação temporo-mandibular, lombalgias e em outras dores de origem músculo-tendínea.

O procedimento é realizado com a utilização de agulhas muito finas, como as utilizadas pela acupuntura, que são inseridas em pontos gatilhos, ou mais comumente chamados de “nós”. Esses pontos são responsáveis pela tensão muscular e estão relacionados à produção e manutenção do ciclo de dor.

Com a inserção da agulha, o ponto é estimulado, iniciando o aumento do fluxo sanguíneo na área e interrompendo o ciclo de dor, trazendo uma sensação imediata de relaxamento para o local e desfazendo o chamado "nó". Após a aplicação, o paciente já sente o alívio das dores musculares.




Apesar de usar agulhas como as da acupuntura, as duas técnicas são muito diferentes quanto aos seus objetivos e formas de avaliação e tratamento.

A acupuntura visa o reequilíbrio energético através da harmonização do funcionamento dos órgãos internos, sendo capaz de melhorar dores, sejam estas musculares ou não, além de outras muitas doenças. Por mais que a dor seja muscular, avalia-se também os órgãos internos, afim de detectar se a causa da mesma pode ser o desequilíbrio energético causado por determinado órgão ou sistema. Se for este o caso, trata-se também o ponto referente a tal víscera.

O Dry Needling, por sua vez, visa diminuir a dor muscular através do agulhamento dos pontos gatilhos, sendo eficaz apenas em casos de dores músculo-tendíneas. O agulhamento, portanto, é feito no local da dor, ou seja, no ventre muscular do músculo acometido.


Escrito pelo Fisioterapeuta Fernando Pripas

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Então você só dá aula de Pilates, ou ainda atende fisioterapia?

Quantas vezes já não ouvi essa pergunta desde que resolvi trabalhar com o método Pilates? Acredito que muitos fisioterapeutas que fizeram esta escolha também estão cansados de ouvir questionamentos desse tipo...então hoje resolvi fazer um post diferente, falando sobre este assunto.



O método Pilates é uma técnica de trabalho corporal que utiliza diversos princípios, entre eles o alinhamento postural e a centralização - uso da musculatura do Power House ou CORE, que tem como função principal estabilizar a coluna, garantindo um movimento mais eficiente, com menos compensações e assim, menor risco de lesão.

Além disso, trabalha habilidades corporais como força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação e correção do padrão de movimento.

E o que a fisioterapia faz? Exatamente a mesma coisa!!

Uma sessão de fisioterapia costuma utilizar exercícios de fortalecimento e de alongamento, técnicas para correção da postura etc. A diferença é o método utilizado para atingir estes objetivos!

Um fisioterapeuta pode utilizar diferentes técnicas como RPG, osteopatia, cinesioterapia, hidroterapia, massoterapia, terapia manual (Mulligan, Maitland, etc), entre tantas outras.

Alguém pergunta ao RPGista se ele não faz mais fisioterapia? Não! Já é difundido que o RPG é uma técnica fisioterapêutica...e por que não o Pilates?

Acredito que isso ocorra por outro motivo: o Pilates é uma técnica que não é exclusiva dos fisioterapeutas...no Brasil duas profissões têm legislação a respeito do uso do método: a Fisioterapia e a Educação Física. Entretanto, o Pilates é um curso livre, e que pode ser utilizado por outros profissionais. Na área da dança, por exemplo, existem diversos professores de Pilates, e em muitos países no mundo, qualquer um pode fazer o curso para virar professor de Pilates. 

Sendo assim, o que difere esses profissionais? E como ainda digo que minhas aulas de Pilates são fisioterapia? A diferença está na bagagem prévia que cada profissional traz para suas aulas, e o uso que irá fazer das mesmas.

Um profissional da dança pode usar o Pilates para melhorar a qualidade e fluência dos movimentos em seus bailarinos; o educador físico pode usar a técnica para aumentar o condicionamento físico de seus alunos; e o fisioterapeuta pode usar o método para reabilitar seus pacientes.



Reabilitar, como o próprio nome diz é "habilitar novamente", ou seja: devolver habilidades que o indivíduo perdeu. Essa "perda" das habilidades corporais pode ser devido a um processo patológico, a um trauma/lesão, ou simplesmente por maus hábitos posturais. E que habilidades são essas? As que falamos acima: força, flexibilidade, equilíbrio, coordenação e correção da postura e do padrão de movimento.

Então você só tem pacientes? Não tem alunos "saudáveis"? Claro que sim! 

A fisioterapia não é só a reabilitação, mas trabalha também com prevenção e promoção de saúde. Infelizmente, no Brasil, a saúde de forma geral ainda é muito vista como tratamento de doenças, mas a Organização Mundial da Saúde define saúde como “o completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de enfermidade”. Assim, a fisioterapia trabalha não só com pessoas doentes, mas também com pessoas saudáveis, que procuram prevenir lesões e querem garantir um bem-estar do ponto de vista físico, trabalhando suas habilidades corporais que já tanto citei. E o Pilates é uma ótima ferramenta para isso.

Assim, eu, como fisioterapeuta, garanto que minhas aulas de Pilates estão totalmente relacionadas à fisioterapia: meus pacientes/alunos são avaliados antes do início das aulas, para que eu saiba quais suas necessidades específicas; as minhas aulas são planejadas e preparadas individualmente para a necessidade de cada um (sei que muitos locais, inclusive alguns com fisioterapeutas, acabam fazendo uma aula "em massa" e dando os mesmos exercícios para todo mundo, mas comigo - e para tantos outros profissionais competentes -não é assim!); faço evolução diária de cada paciente/aluno e reavaliação constante, para acompanhar a evolução de cada um deles; planejar e replanejar os próximos passos.


Ainda, com conhecimento de outras técnicas da fisioterapia, identifico quando há necessidade de aplicar outra técnica juntamente ao Pilates, para melhor avanço do quadro dos pacientes/alunos. Se avaliar que há necessidade de uma técnica de mobilização articular, por exemplo, utilizo-a também, deixando o tratamento mais completo e específico para cada caso.

Atendo diversos casos com o Pilates: desde um atleta que quer corrigir seu gesto esportivo para melhorar o desempenho atlético e prevenir lesões, passando pela dona de casa que quer melhorar sua qualidade de vida, até um paciente com lesões ortopédicas, reumatológicas ou neurológicas.

Portanto, não deixei de ser fisioterapeuta para virar "pilateira", mas descobri no método Pilates uma ferramenta brilhante para atuar na promoção, prevenção e recuperação da saúde!






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pilates pode prevenir lesões em corredores?

No meu último artigo para a Revista Pilates, falei sobre os benefícios do Pilates na corrida de montanha. Agora escrevi sobre a prevenção de lesões na corrida usando este método.


Confira:

"A corrida é um dos esportes mais praticados no mundo atual, por sua praticidade: pode ser praticado sozinho por qualquer pessoa. Por este motivo, muitas pessoas começam a correr sem nenhum tipo de orientação profissional, e com isso aumentam muito o risco de sofrer lesões.

As lesões mais comuns em corredores são a fascite plantar, a tendinopatia de Aquiles e a síndrome do estresse medial da tíbia (canelite): todas lesões crônicas. Isto ocorre pois a corrida é um esporte de impacto repetitivo; logo, qualquer desalinhamento na pisada irá causar uma sobrecarga inadequada na região, que se repetirá e se somará a cada passada, até que um microtrauma ocorra no local.

Além do padrão incorreto da pisada, outros fatores podem influenciar no risco aumentado destas lesões: excesso de treinos, com aumento abrupto do volume e/ou intensidade e tempo de descanso insuficiente entre os treinos; correr em piso muito rígido (como o concreto); insuficiência de força e desequilíbrios musculares nas pernas e pés; e arco plantar rebaixado ou muito alto também estão entre os fatores de risco para estes problemas crônicos.

O Pilates pode ser uma ótima ferramenta para a prevenção das lesões crônicas nestes atletas. O instrutor deve trabalhar a correção da pisada, por meio de exercícios para melhor posicionamento de tornozelos, joelhos e pelve."




Leia também:





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Aula de física: como o Pilates pode ajudar a entender os princípios da matéria mais temida pelos alunos

O Pilates é um método de atividade física já muito difundido entre fisioterapeutas e educadores físicos. Porém esta técnica vai muito além de uma forma de treinamento ou reabilitação física.



O Pilates usa sistemas de molas e polias, promovendo resistência e linhas de força para o praticante, que deverá gerar forças e torques para realizar o exercício. Tudo isso variando de acordo com o coeficiente elástico da mola utilizada. Este vocabulário te lembra alguma coisa?

Aulas de FÍSICA! Isso mesmo! Está com dificuldades nesta matéria? O Pilates pode ser um ótimo exemplo prático para seu aprendizado, facilitando o entendimento da teoria.


Gostou da dica?