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terça-feira, 24 de março de 2015

Como o Pilates e o Treinamento Funcional podem prevenir lesões no Trail Running

A corrida de montanha, ou trail running, é uma modalidade de corrida que está em constante crescimento. Entretanto, o terreno acidentado e o relevo irregular propiciam um maior número de lesões.

Sendo assim, os atletas devem ter um preparo prévio (e não simplesmente migrarem da corrida de rua para a montanha), que seja complementar ao treino de corrida, para minimizar os riscos de se lesionarem.

Algumas boas alternativas são o Pilates e o Treinamento Funcional, nos quais muitos exercícios podem ser dados especificamente para estas demandas.

Vamos ver alguns deles abaixo:

Uma banda elástica ou uma bolinha podem ser usadas para trabalhar o fortalecimento da musculatura intrínseca dos pés; dando estímulo proprioceptivo para o arco plantar e melhorando o posicionamento do mesmo na pisada. Previne patologias como fascite plantar e canelite.





Outra forma de fortalecer os flexores dos dedos é usando a barra fixa do Cadillac, para estímulo do arco plantar.

Esse exercício exige muita força desta musculatura, logo é comum sentir cãibras na sola do pé quando não se está  acostumado com o exercício.




Este fortalecimento pode ser aliado ao treino de mobilidade de coluna e força de abdômen e quadríceps, para acresecentar mais dificuldade ao exercício.










Juntando o fortalecimento intrínseco dos pés com o fortalecimento, controle e velocidade de reação da musculatura de tornozelos, prevenimos entorses. O entorse de tornozelo é a lesão mais comum entre os corredores de montanha, por causa dos grandes desníveis do solo. Uma opção de exercício é com o macarrão (aqueles de boiar na piscina!).




Para prevenir lesões na região do joelho, como a síndrome fêmoro-patelar e a síndrome do estresse da banda ileotibial, temos que garantir também o alinhamento do joelho. Seguem algumas ideias de como trabalhar esta questão:

-usando a chair em conjunto com acessórios (bosu e disco de rotação):





-usando o wall unit (ou o cadillac), com ou sem o disco proprioceptivo



Outra forma de prevenir o valgismo dinâmico do joelho (quando este vai para dentro durante o movimento) é unir o equilíbrio unipodálico, que neste caso foi dificultado pisando no bosu, com uma mola vinda do lado oposto, obrigando o indivíduo a fazer a força de rotação externa da coxa, como na seguinte foto:



Não podemos pensar em alinhamento de joelho sem trabalhar também a estabilidade e o controle de posicionamento da pelve, que se dá muito devido à ação do glúteo médio.

Podemos usar uma banda elástica em torno das coxas e pedir uma marcha lateral, ou ainda colocar o corredor na posição ajoelhado sobre a chair, e pedir a tríplice extensão do membro contralateral empurrando o pedal do aparelho. Usando uma mola leve, a necessidade de estabilização da pelve com o recrutamento do glúteo médio é bem alta.






As fotos a seguir mostram exercícios que, se feitos no posicionamento correto, trabalham a posição neutra da pelve, não deixando que ocorra uma retroversão nem uma anteversão da mesma. A retroversão facilita a retificação da coluna lombar, que por sua vez aumenta o risco de hérnias discais. Já a anteversão costuma vir acompanhada de uma hiperlordose lombar e dores na região, muito comuns em atletas que fazem muitas subidas e descidas em seus trajetos de prova ou treinos.



Outra coisa que deve ser evitada é o excesso de rotação da pelve durante a corrida. Que tal então acrescentar um disco de rotação ao clássico exercício de agachamento a fundo? Se a pessoa tiver a tendência de rodar a pelve, o disco irá girar na subida do agachado para o em pé. Pedir para a pessoa não deixar que isto aconteça é uma ótima forma de diminuir essa rotação indesejada.


 





Concluindo, podemos realizar o treino do tônus extensor utilizando a bola suíça. Este trabalho ajuda a manter a coluna alinhada durante a corrida, prevenindo dores na lombar, torácica e cervical. Neste exercício, o foco é fazer o movimento de sentar-se na bola com um só pé apoiado no chão durante a descida; e rapidamente se levantar, apoiando os dois pés no chão ao fim do movimento. Rapidamente também, se tira o outro pé do chão enquanto volta a sentar na bola. Este exercício só consegue ser bem executado quando há a ativação do tônus extensor pelo Power House - ou CORE, com o crescimento axial da coluna. Por se tratar de um exercício bem dinâmico, é muito importante certificar-se que a bola está fixa em alguma estrutura, para evitar acidentes.

É claro que existem muitas outras possibilidades de exercícios que atendem as demandas dos corredores de montanha, porém estas ideias ajudam a direcionar o treino do atleta para que ele tenha uma aula diferenciada e individualizada, com foco nas necessidades específicas deste esporte.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Tendinopatia do tendão de Aquiles

O tendão calcâneo (também conhecido como tendão de Aquiles), é o maior e mais forte tendão do corpo humano. Ao mesmo tempo, ele é o mais acometido em pessoas que praticam atividades de alta sobrecarga na região da panturrilha, como a corrida, a dança; ou esportes que envolvam saltos, como vôlei e basquete.



É uma lesão por overuse, ou seja, ocorre principalmente quando há um excesso de treinamento, seja pela alta intensidade ou volume de treino, ou por falta do tempo de descanso entre um treino e outro.

Quando sobrecarregamos uma estrutura como o tendão, ocorrem microlesões locais, que são regeneradas após a atividade física. Entretanto, se o tempo de descanso for inadequado e voltarmos a sobrecarregar este tendão antes da sua regeneração, os micro traumas não cicatrizam e vão se somando, comprometendo a estrutura tendínea.

A degeneração crônica pode ocorrer, levando à tendinopatia, e a partir deste momento, sintomas como dor, rigidez e inchaço são comuns. O tendão mal cicatrizado e mais fracotambém fica mais susceptível a rupturas.

Alguns outros fatores que predispõe à tendinopatia de Aquiles são erro na técnica esportiva (pisada errada), pronação excessiva do pé, baixa flexibilidade dos músculos tríceps sural e isquiotibiais, fraqueza do glúteo médio e pouca mobilidade do tornozelo.

O Pilates é uma ótima alternativa para prevenir a instalação ou avanço dessa patologia, utilizando exercícios como alongamentos de cadeia muscular posterior, fortalecimento da musculatura de quadril, amplitude de movimento do tornozelo e estimulação do arco plantar medial.



Texto escrito para a Revista Pilates - leia o texto na íntegra aqui

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Feliz dia do fisioterapeuta!!

Hoje, 13 de outubro, é o dia do fisioterapeuta!
Ser fisioterapeuta é mais do que uma profissão, é mais do que uma formação.

Ser fisioterapeuta é reabilitar, é reensinar, é reeducar e é restabelecer as funções físicas de uma pessoa. É devolver a ela o melhor de suas capacidades. É promover saúde!



Mas mais do que é isso, é muito amor, carinho e dedicação; é se doar completamente e ter a sua felicidade em cada resultado, em cada avanço de seus pacientes.

O melhor presente do fisioterapeuta é o sorriso e a gratidão de cada um que passa em nossas mãos, é ver os resultados na melhora dia-a-dia de quem cuidamos.

Sendo assim, a melhor homenagem que encontro neste dia está nos meus próprios pacientes e alunos. Essa homenagem vai a vocês!

Feliz dia do fisioterapeuta!