A acessibilidade é um assunto que está "na moda" atualmente.
Está no direito da pessoa com deficiência ter acesso a qualquer ambiente público ou habitação com autonomia, e muitas obras já vem sendo realizadas a fim de melhorar a acessibilidade do deficiente. Muitas novas construções já começam a ser realizadas respeitando os padrões de acessibilidade regulamentados, porém mesmo em locais que passaram por reformas com este intuito, a acessibilidade ainda deixa muito a desejar, como podemos ver nesta reportagem da Folha de São Paulo:
O Desenho Universal aplicado à habitação é uma iniciativa do Governo de São Paulo junto ao CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) de promover a acessibilidade de forma democrática, simples e segura, proporcionando maior qualidade de vida aos moradores dos conjuntos habitacionais de São Paulo. Desta forma, tanto as casas como bairros devem ser inclusivos, garantindo o direito dos cidadãos. Esta iniciativa teve início em 2008, e é aplicada pelas secretarias estaduais de Habitação e dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Os 7 princípios do Desenho Universal são:
1) Uso equitativo: propor espaços que possam ser utilizados por usuários de capacidades diferentes, evitando a segregação ou estigmatização de qualquer usuário;
2) Uso flexível: criar ambientes adaptáveis, cujas dimensões possam ser alteradas de acordo com as habilidades e necessidades de cada usuário;
3) Uso simples e intuitivo: permitir a fácil compreensão do espaço, eliminando complexidades desnecessárias, e disponibilizando informações segundo a ordem de importância;
4) Informação de fácil percepção: utilizar diferentes meios de comunicação, como escrito, desenhos, Braille e dispositivos sonoros, permitindo que as informações essenciais estejam disponíveis para todos;
5) Tolerância ao erro (segurança): priorizar a segurança na concepção de qualquer ambiente, assim como a escolha dos materiais adequados - como corrimão e equipamentos eletromecânicos - visando minimizar os riscos de acidentes;
6) Esforço físico mínimo: dimensionar elementos e equipamentos para que sejam utilizados de forma segura, confortável, e com o mínimo de esforço;
7) Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente: permitir o acesso a espaços e o alcance de objetos tanto para pessoas em pé, como sentadas em cadeiras de rodas, ou até mesmo utilizando órteses ou muletas e andadores.
Ainda temos um longo caminho a percorrer até que a acessibilidade esteja presente em nossas vidas de modo integral, mas as mudanças já estão começando.
Mais informações como parâmetros e diretrizes do Desenho Universal podem ser encontradas no livro "Desenho Universal - Habitação de Interesse Social", emitido pelo Governo do Estado de São Paulo em março de 2010.
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