terça-feira, 5 de julho de 2011

Osteoporose: sim ou não à hidroginástica?

A osteoporose, diminuição substancial da massa óssea, é um processo natural do envelhecimento, principalmente em mulheres após a menopausa. É crônica e progride lentamente, e sua principal consequência é a fratura. Porém, esta doença pode ser evitada com exercícios físicos, alimentação adequada e, no caso das mulheres, reposição hormonal.


 Muitas pessoas associam a osteoporose com a fragilidade dos ossos, e por este motivo, recomendam que pessoas com sinais de osteoporose realizem atividades com pouco impacto, como a hidroginástica.

Entretanto, a estimulação dos osteoblastos (células responsáveis pela construção dos ossos) é dependente do efeito piezoelétrico (formação de cargas positivas e negativas em determinadas partes do osso) durante as forças de tração, exercidas pela ação muscular sobre os ossos durante exercícios com carga; e compressão, que ocorre devido ao impacto, em atividades como caminhada, corrida e dança.

Já na hidroginástica, devido ao empuxo exercido pela água, essas forças são anuladas, portanto não ocorre a deposição de cálcio nos ossos. O mesmo pode ser visto em astronautas que, ao voltar de missões espaciais onde não há o efeito da gravidade, perdem muita massa óssea, necessitando muitas vezes de cadeira de rodas.

Não podemos esquecer que a hidroginástica tem seus benefícios: fortalecimento muscular, melhora do condicionamento cardiovascular e respiratório, além de ser uma atividade de socialização; porém esta não deve substituir, apenas se somar a atividades em solo (caminhada, corrida, dança) e exercícios com carga (musculação). Uma outra alternativa é realizar a hidroginástica em piscinas rasas, onde parte do peso corporal que fica fora da água, somado aos saltos realizados durante a prática, podem se sobrepor ao empuxo, gerando forças compressivas (mesmo que menores) sobre os ossos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário