O diabetes mellitus é uma síndrome clínica crônica, que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não é capaz de fazer um uso eficaz da insulina que produz. Baseado em dados da Organização Mundial de Saúde, existem mais de 180 milhões de diabéticos no mundo. Já no Brasil, segundo estatísticas do MINISTÉRIO DA SAÚDE, o número aproximado de diabéticos é seis milhões.
Principais complicações associadas à diabetes:
- doenças cardiovasculares
- doenças neurológicas periféricas
- doença vascular periférica
- retinopatia
O controle da glicemia nos diabéticos é essencial na prevenção destas complicações, já que o aumento da taxa de glicose no sangue pode levar a lesões teciduais, devido aos efeitos tóxicos diretos da alta concentração de açúcar no sangue, além do impacto causado pelas altas pressões arteriais, níveis lipídicos anormais e anormalidades estruturais e funcionais das pequenas veias sanguíneas. Os prejuízos por estas lesões teciduais afetam diversos sistemas, sendo os nervos e veias os mais afetados.
Neuropatia Diabética
É uma das complicações mais comuns e de maior cronicidade em pacientes diabéticos, afetando mais de 50% dos pacientes com mais de 60 anos de idade.
Os principais sintomas da neuropatia diabética são:
- formigamento
- dor
- perda de sensibilidade e fraqueza em mãos e pés
- diminuição da percepção do movimento nas articulações (propriocepção)
Por todos estes déficits, os diabéticos neuropatas têm comprometimento da estabilidade e equilíbrio durante o andar, levando-os a um risco de quedas 15 vezes maior do que em sujeitos saudáveis de mesma idade.
Além disso, os diabéticos neuropatas têm o mecanismo de absorção de carga nos joelhos prejudicado e um aumento do pico de pressão plantar na região do calcanhar, que combinados com a diminuição da perfusão sanguínea, aumentam significativamente o risco de úlceras. Considerando que seu limiar de dor é mais alto devido aos déficits de sensibilidade, as úlceras podem demorar mais a serem percebidas e tratadas, podendo resultar em amputações parciais do pé ou de segmentos maiores do membro inferior, o que aumenta o risco de infecções, podendo estas se tornarem sistêmicas e generalizadas.
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Atividade elétrica aumentada de vasto lateral e fibular longo durante o subir escadas em diabéticos neuropatas
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